Palestra do Pe. José Vicente Damasceno – O Ano Nacional do Laicato – 12/6/2018
O Ano Nacional do Laicato (26/11/2017 a 25/11/2018) tem como objetivo celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil e estimular sua atuação na Igreja e na sociedade como testemunhas de Jesus Cristo e Seu Reino.
Tema: “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na ‘Igreja em saída’, a serviço do Reino”
Lema: “Sal da Terra e Luz do Mundo”, Mt 5,13-14.
A Igreja está buscando aprofundar a identidade, a vocação, a espiritualidade e a missão dos fiéis leigos.
O Ano Nacional do Laicato coincide com as eleições no Brasil. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), no documento 105, traz orientações práticas sobre a participação dos leigos no campo político.
Nesse contexto, o Grupo de Formação da Paróquia do Verbo Divino, em vista da importância do tema, mais uma vez, convidou o Pe. José Vicente Damasceno , da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Sobradinho II, para tratar dessa importante missão dos fieis leigos e leigas no Brasil.
Trechos da palestra do Pe. José Vicente:
A disciplina de Jesus são as “Bem aventuranças” como poder de Deus de fazer gerar em nós, Jesus Cristo.
Ser cristão é cumprir a Missão de Maria:
- Ouvir, acolher e obedecer.
O laicato como um todo é um “verdadeiro sujeito eclesial” (DAp, n. 497a). Cada cristão leigo e leiga é chamado a ser sujeito eclesial para atuar na Igreja e no mundo.
A ação dos cristãos leigos e leigas é específica da “responsabilidade laical que nasce do Batismo e da Crisma” (EG, n. 102).
A unidade da Igreja se realiza na diversidade de rostos, carismas, funções e ministérios.
“Os fiéis leigos estão na linha mais avançada da vida da Igreja. Eles devem ter uma consciência cada vez mais clara, não somente de que pertencem à Igreja, mas de que “são Igreja”, isto é, comunidade dos fiéis na terra sob a direção do chefe comum, o Papa, e dos bispos em comunhão com ele. Eles são Igreja” (Pio XII) – n. 109
O que dá dignidade a todas as pessoas que pertencem à igreja é o Sacramento do Batismo.
Ser sujeito eclesial significa ser maduro na fé, testemunhar amor à Igreja, servir os irmãos e irmãs, permanecer no seguimento de Jesus, na escuta obediente à inspiração do Espírito Santo e ter coragem, criatividade e ousadia para dar testemunho de Cristo.
A fé se mede pelas obras. A ‘Capacidade de amar o inimigo’ e a ‘unidade’ são sinais da fé.
Âmbitos de comunhão eclesial e atuação do leigo como sujeito (n.136):
O primeiro espaço para se viver o ano laical é a família, primeira igreja, igreja doméstica. A família é o lugar de viver a santificação.
Também as paróquias, comunidades eclesiais, conselhos pastorais, movimentos, associações etc são espaços onde se vive o carisma, a missão, que são meios pelos quais testemunhamos que cremos em Deus, que É mais importante do que tudo.
É Por meio desses carismas, serviços e ministérios que o Espírito Santo capacita a igreja para gerar o bem comum, ou seja, a Missão evangelizadora e a transformação da sociedade tendo como ponto de referência o reino de Deus.
É missão do Povo de Deus assumir o compromisso sócio-político transformador, que nasce do amor apaixonado por Cristo. Desse modo, se incultura o Evangelho. (n. 161)
Ser cristão, sujeito eclesial e ser cidadão não podem ser vistos de maneira separada. (n. 164)
A formação do laicato:
Dever-se-á distinguir diferentes níveis de formação no âmbito da comunidade eclesial, de forma a oferecer aos distintos sujeitos o que for conveniente e necessário à sua compreensão e vivência da fé em sua faixa etária biológica ou eclesial, começando com a iniciação à vida cristã e continuando com a formação bíblico-teológica e com as diversas formações específicas. (n. 227)
Um dos modos de ação transformadora dos cristãos leigos e leigas no mundo é o testemunho, como presença que anuncia Jesus Cristo;
Os cristãos leigos são os primeiros membros da Igreja a se sentirem interpelados na missão junto a essas grandes áreas culturais ou “mundos” ou fenômenos sociais ou, mesmo, sinais dos tempos. (n. 251)
A Igreja missionária é semeadora de esperança
“Não nos roubem o entusiasmo missionário” (EG, n. 80).
“Não nos roubem a alegria da evangelização” (EG, n. 83).
“Não nos roubem a esperança” (EG, n. 86).
“Não deixemos que nos roubem a comunidade” (EG, n.92).
“Não deixemos que nos roubem o Evangelho” (EG, n. 97).
“Não deixemos que nos roubem o ideal de amor fraterno” (EG, n. 101).
Eis o que significa ser missionário no mundo globalizado, consumista e secularizado. (n. 177)
Confira os slides da Apresentação Pe. José Vicente Damasceno – CRISTAOS-LEIGOS-E-LEIGAS-DOC-105 13.3.2018