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Missa da Ceia do Senhor – 14 de abril de 2022

Nesta noite santa que dá início ao Tríduo Pascal da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus, noite em que se recorda o maior presente por Ele deixado à Sua igreja, ao instituir a Eucaristia, o Sacerdócio e o mandamento do amor, a comunidade reunida, participou da missa vespertina da Ceia do Senhor.

A celebração foi presidida por nosso vigário Pe. Carlos, svd e concelebrada por nosso pároco Pe. Vagner, svd, auxiliados por nosso diácono José Algaci. Em sua homilia, Pe. Vagner fez um paralelo entre a ceia realizada pelos filhos de Israel (Ex 12,1-8.11-14) e a ceia realizada por Jesus (Jo 13,1-15). No Antigo Testamento, um banquete de comunhão estabelecido por Deus em vista da liberdade esperada pelo povo e, no Novo Testamento, a Ceia da Nova Aliança deixada pelo Senhor, aliança do amor, mistério do amor de Deus. Um Deus que de tanto amor se entregou por nós. Na última ceia, Jesus quis deixar Sua própria presença no Sacramento da Eucaristia. O pão já não é mais pão, o vinho já não é mais vinho. É o mistério do pão e do vinho, mistério do corpo e sangue de Jesus. Sangue da Nova Aliança.

Explicou-nos o celebrante o sentido da palavra “comunhão”. Quando comungamos o corpo e o sangue do Senhor Jesus, entramos em comunhão com Jesus e com todos os que, no mundo inteiro, participam da mesa do Senhor.

Jesus nos deixa também o mandamento do amor fraterno: Amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado. (Jo 13,34) Este amor nos leva a atitude de serviço. Jesus nos serve quando vem ao mundo, quando se faz um de nós, assumindo as nossas dores e nossa humanidade. O maior gesto de amor e de serviço de Jesus: Ele morreu na cruz por nós!

Na última ceia, Jesus tirou seu manto (sinal de dignidade) e lavou os pés de seus discípulos. Aquele que deveria ser servido foi quem serviu aos seus discípulos.

Exortou-nos o celebrante a tirar o nosso manto da arrogância e da autossuficiência e a nos colocar no lugar do outro para servir, a ter “empatia” uns com os outros, como fez Jesus conosco ao lavar nossos pés. A Eucaristia, o amor fraterno e o serviço caminham juntos. Jesus nos deixa, na mesma noite, esses sinais.

Que nós, gratos ao Senhor por Seu amor, mistério tão grande do amor de Deus por nós, nos disponhamos a servir, como Ele nos serviu e nos coloquemos no lugar do irmão e assim participaremos dignamente da mesa do Senhor, da Eucaristia.

Em seguida, com base na Campanha da Fraternidade, que tem como Tema: Fraternidade e Educação e Lema: “Fala com sabedoria, ensina com amor”, nosso pároco procedeu ao gesto do lava-pés em 12 professores que representaram os apóstolos, valorizando assim, a educação que deve ser um serviço ao mundo.

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Celebração Eucarística da Ceia do Senhor – 1º de abril de 2021

Nesta Quinta-Feira Santa, em obediência às normas sanitárias impostas pelos Decretos Governamentais e orientação da Arquidiocese de Brasília, não menos especial, mas diferente foi a celebração da Ceia do Senhor, que ocorreu sem o contato amoroso e ósculo santo do sacerdote, sem a realização do rito do lava-pés, sem a transladação e sem a Adoração solene ao Santíssimo Sacramento.

Com a frase: Tendo amado seus discípulos, amou-os até o fim, referenciando o evangelho de São João 13,1, Pe. Vagner deu início à sua homilia rememorando a narração daquela noite santa, quando o Senhor, sabendo que se aproximava o seu fim, o momento de Sua entrega, quis despedir-se de seus discípulos e deixar-lhes um testamento, deixar Sua presença de uma forma diferente, nova. Disse-nos o pároco que Jesus quer estabelecer uma nova aliança, não somente com aqueles discípulos que estavam ali, mas com todos nós, hoje também. É a ceia da nova aliança.

Na primeira leitura, (Ex 12,1-8.11-14), escutamos a narrativa da ceia da antiga aliança, feita com o povo Hebreu que, sofrendo a escravidão, foi libertado e, como sinal da libertação, deveria matar um cordeiro puro e sem mancha, assá-lo e comê-lo em família ou com o vizinho mais próximo, conforme o número de comensais. Deveria untar os marcos das portas de suas casas com o sangue do cordeiro, para que o Senhor, ao passar, soubesse que ali havia alguém que Lhe pertencia e que seria salvo, quando o anjo exterminador passasse.

Explicou-nos que agora, na nova aliança, nós também somos marcados com o sangue do cordeiro, mas não o cordeiro da antiga aliança. O cordeiro agora é o próprio Jesus que derramou Seu sangue e foi crucificado por amor a nós.

Como sinal, Jesus, naquela ceia pascal, toma o pão e o vinho e diz aos discípulos este é meu corpo, este é meu sangue, fazei isto em memória de mim. É o sangue da nova aliança. É o marco da nova aliança e agora, todas as vezes que nos reunimos ao redor do altar, somos essa família dos discípulos e discípulas do Senhor que nos sentamos com Ele à mesa e partilhamos a refeição, nos alimentamos do Seu corpo e do Seu sangue…. Amou-nos até o fim e como prova de amor, doou a vida por nós na cruz e nos dá hoje, o sacramento do amor, sinal de Seu amor por nós e, como gesto desse amor, o serviço: o lava-pés. O próprio Jesus, o mestre, se despoja do seu manto, se abaixa diante de seus discípulos, assume a condição de escravo e lava-lhes os pés. Os discípulos não entendiam, naquele momento, o significado daquele gesto, mas o próprio Jesus, ao se encarnar, já havia se despojado de seu manto e se abaixado aos pés dos discípulos… JESUS pede que façamos o mesmo. O gesto do amor deixado por Ele naquela noite santa: Dei-vos o exemplo para que façais o mesmo e nos deixa também o mandamento do amor: amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado.

O sacramento do amor. Amou-os até o fim…Amou-nos até o fim… Exortou-nos a que respondamos ao Senhor com este amor. Que, ao aproximarmo-nos da mesa do Senhor, ao partilhar do Seu corpo e do Seu sangue, saibamos que entramos em comunhão com Jesus e com todos os irmãos e irmãs do mundo todo. Frisou que somos a família de Jesus e por isso Ele nos convida à Sua mesa, por isso Ele nos dá esse sacramento, por isso Ele nos dá Seu próprio corpo e sangue, derramado uma vez na cruz por nós e renovado à cada Eucaristia que celebramos. É o Mistério de amor de Deus por nós!

Que o Senhor renove em nós a disposição para amar como Ele amou e ama. Renove em nós a disposição para servir como Ele serviu e serve. Sejamos também nós servidores. Que esse amor de Cristo seja também o nosso amor e que nos inspire a amar e a servir como Ele mesmo fez. São os votos de nosso pároco para toda a comunidade do Verbo Divino, ao celebrar esta noite santa, estes dias santos.

Ao final da celebração, foi desnudado o altar com a finalidade de tirar da igreja todas as manifestações de alegria e de festa e, por respeito à Paixão e Morte de Jesus, todos os fiéis se retiraram em silêncio.

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