Com enorme alegria e matando um pouco da saudade de nosso querido Pe. Denzil, celebramos ontem, 2 de novembro, a missa mensal em preparação para o ano jubilar de nossa paróquia. Celebramos também todos os fiéis defuntos, nesse dia de finados e acolhimento aos novos Ministros da Eucaristia, os paroquianos Mário e Fabiane.
Pe. Denzil Crasta, svd, presidiu a eucaristia concelebrada por nosso pároco, Pe. Vagner e nosso vigário, Pe. Carlos, auxiliados pelo diácono José Algaci.
Pe. Denzil, iniciou sua homilia citando a passagem bíblica Jo 11,25-26a: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá.”
Explicou-nos o sentido da palavra finados para nossa vida terrena e acrescentou que recordamos todos os irmãos e irmãs que conviveram conosco nesta vida e partiram para a casa do Pai. Citou algumas palavras como saudades, vazio, presença, esperança, velas e alguns lugares, como cemitério, túmulos, igrejas, oratórios, que fizeram parte deste nosso dia e disse que tudo isso nos faz refletir e renovar a nossa fé. Ao meditar sobre a morte, somos chamados a refletir sobre a vida. Acrescentou que sabemos que a morte não é um pulo no vazio, mas sim o pulo de nossos irmãos e irmãs nos braços do Pai, que nos acolhe e nos dá a vida plena, a vida eterna. Resumiu as reflexões deste dia com as palavras morte, vida eterna e a nossa pertença a Cristo, para dizer que, junto com a nossa missa do jubileu, somos chamados a ter o júbilo pela vida eterna. Somos de Cristo, pertencemos à família de Deus, somos filhos e filhas de Deus. Herdamos essa herança por meio de Jesus Cristo no Espírito Santo e que, portanto, o fim para nós é sim para a vida terrena, mas não para a vida como dom de Deus. Para nós cristãos, o fim da vida terrena é uma páscoa. É a passagem para a vida eterna, é a passagem para a casa e os braços do Pai.
Disse que, neste contexto da pandemia, podemos sim viver um sentimento de tristeza porque muitos dos nossos irmãos e irmãs morreram sem uma assistência digna durante a sua morte, sem assistência até mesmo das igrejas, dos sacramentos. Muitas famílias não viveram propriamente, o luto da perda de seus entes queridos e algumas, que conseguiram viver o luto, ainda não estão vivendo a esperança. A esperança que temos em Jesus Cristo na ressurreição, na vida eterna.
Os últimos Papas nos falam da importância de a igreja rezar por seus falecidos. Explicou que todo pecado deixa uma marca na alma da pessoa. Há um resquício do pecado. A teologia ensina que há 3 igrejas, a igreja militante, que somos nós, que caminhamos, peregrinando nesta terra e vivendo a fé em Jesus Cristo em busca da vida eterna. A Igreja padecente, composta pelos que morreram, não na graça plena, mas com alguns pecados e, por isso frisou que devemos rezar pelas almas do purgatório, que é um lugar de purificação e a 3a que é a igreja triunfante – a dos Santos. Disse ainda que, no calendário litúrgico, em todo dia 1° de novembro celebramos o Dia de todos os Santos, associando, portanto, essa festa em comemoração ao dia de finados com a festa de todos os Santos. Assim como também a morte, como passagem, se associa com a vida para nós cristãos.
Ao celebrar o jubileu de nossa Paróquia do Verbo Divino, nesses 50 anos de existência e 60 anos de caminhada, somos chamados a ter um coração grato e que juntos, tenhamos também sentimentos de amor. Como Deus nos ama gratuitamente, também nos amemos uns aos outros aqui nesta terra. Que essa nossa pertença a Cristo faça com que pertençamos a uma comunidade, a uma igreja, a uma paróquia, à família de Deus, são os desejos de nosso querido padre Denzil para toda a nossa comunidade.
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