No calendário litúrgico, a quaresma é um tempo forte de penitência, sacrifício, reflexão, conversão e mudança de vida que nos prepara para vivermos bem os mistérios da paixão, morte e ressurreição de Cristo, na Semana Santa.
Hoje, primeira sexta-feira do tempo quaresmal, a comunidade do Verbo Divino se reuniu para celebrar a eucaristia na Missa Penitencial, celebrada pelo Pe. Vagner, com o apoio do diácono Algaci, às 5h da manhã.
Em sua homilia, Pe. Vagner nos falou sobre o jejum que agrada a Deus. Neste tempo de quaresma, somos convidados ao jejum, à oração e à caridade. O jejum, tema de hoje, pode ser a expressão de toda a nossa penitência. Somos chamados a nos penitenciar. Penitenciar-se, jejuar, abster-se de algo, nós o fazemos porque reconhecemo-nos pecadores, porque necessitamos da misericórdia de Deus. É um gesto externo que busca a nossa purificação interior, nosso fortalecimento espiritual. Jejuamos para agradar a Deus e porque reconhecemos diante Dele a nossa fragilidade.
No Evangelho (Mt 9,14-15), os fariseus questionam a Jesus o motivo de seus discípulos não jejuarem e Ele responde que eles não poderiam jejuar em uma festa de casamento, na presença do noivo, Jesus é o noivo e os discípulos são Seus amigos.
O Profeta Isaias, na Primeira Leitura (Is 58,1-9a), nos alerta que o jejum deve ser um sinal da busca de nossa transformação interior. Não adianta jejuar e praticar a injustiça, o mal, alimentar a malícia, pelo contrário, devemos jejuar pedindo ao Senhor que nos purifique de nossos pecados e nos transforme porque o jejum vazio não engana a Deus. Não podemos enganar a Deus com gestos exteriores. Temos que buscar a transformação interior.
Somos humanos, Deus conhece nossos pecados e sabe de nossas fraquezas, mas nós também sabemos da força de Deus e com essa força, buscamos a conversão, nos penitenciamos e jejuamos buscando a transformação de nossas vidas. Peçamos ao Senhor que nos ajude e fortaleça para que nosso jejum vá transformando a nossa vida e nos ajude, com o pouco de nossa pouca força, a ir ao Seu encontro.
Disse-lhes Jesus: “Por acaso, os amigos do noivo podem estar de luto enquanto o noivo está com eles? Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, sim, eles jejuarão”. (Mt 9,15)
Acaso o jejum que prefiro não é outro: quebrar as cadeias injustas, desligar as amarras do jugo, tornar livres os que estão detidos, enfim, romper todo tipo de sujeição? Não é repartir o pão com o faminto, acolher em casa os pobres e peregrinos? Quando encontrares um nu, cobre-o, e não desprezes a tua carne. (Is 58,6-7)
Ato de consciência coletivo com as obras de misericórdia corporais
Cada um, dentro de suas possibilidades e dons, pode, em diversos momentos da vida, fazer obras de misericórdia.
Acompanhe AQUI AS IMAGENS e faça o Exame de consciência com as Obras de Misericórdia Corporais
Confira AQUI AS FOTOS