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Sexta-feira da Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo – 2 de abril de 2021

Durante toda a Quaresma, a Via-Sacra foi rezada às quartas e sextas-feiras, em nossa paróquia, sempre após a missa das 19h e, nesta Sexta-feira Santa da Paixão do Senhor, às 9h.

Diferente de anos anteriores em que era dramatizada ao vivo, pela Pastoral das Artes, na área externa da paróquia e acompanhada pelos fiéis em cada estação, neste ano, de modo simples, mas tão sublime, a Via-Sacra foi rezada na nave da igreja, cada um em seu lugar. Em movimento, somente os fiéis que faziam as vezes do cruciferário, que carregava a cruz e dos ceroferários, que carregavam os tocheiros.

Via crucis, caminho doloroso, Via-Sacra, caminho da Cruz de Cristo, entre outras denominações, são a mesma forma de devoção da Via dolorosa de Cristo, que se divide em 15 estações, desde a condenação até Sua ressurreição e nas quais meditamos alguns momentos do caminho da Cruz de Cristo, do Pretório de Pilatos até o monte Calvário, acompanhados por orações e cantos específicos.

Antes de iniciar a Via-Sacra, Pe. Vagner nos falou do maior gesto de amor de Jesus ao derramar Seu precioso sangue, ao sofrer e morrer por nós na cruz. Através da Via crucis, acompanhamos o caminho de sofrimento de Cristo até a cruz, que é também, Seu caminho até a glória. Impeliu-nos, nosso pároco, a contemplar os passos da paixão de Jesus, meditando e entendendo que o caminho de nossa própria vida também passa pelo sofrimento. Carregamos a nossa cruz em nosso calvário, mas somos chamados à glória da ressurreição.

“Na Cruz de Cristo, está todo o amor de Deus, está a sua imensa misericórdia. E este é um amor em que podemos confiar, em que podemos crer. Confiemos em Jesus, abandonemo-nos a Ele, porque nunca desilude a ninguém! Só em Cristo, morto e ressuscitado, encontramos a salvação e a redenção.” (Papa Francisco – Via-Sacra da JMJ 2013)

Confira AQUI as fotos da Via-Sacra

Às 15h, novamente a comunidade se reuniu para a Celebração da Paixão do Senhor. Diante da sobriedade do ambiente sem flores nem velas, da austeridade do altar desnudo, num clima de profundo silêncio, Pe. Vagner, acompanhado somente pelo diácono Algaci, entrou e se prostrou em frente ao altar, reconhecendo o seu nada diante da Majestade Divina, em sinal de reverência, humildade e penitência.

A celebração foi acompanhada pelos fiéis de forma presencial e pelo canal da paróquia no Youtube e foi bastante concorrida, mas observando sempre o distanciamento social e demais cuidados sanitários, exigidos pelo nosso pároco, sempre preocupado e zeloso com a comunidade, em consonância com as diretrizes governamentais e arquidiocesanas.

No momento da adoração à cruz, os fiéis permaneceram em seus lugares e somente nosso pároco pôde beijar o crucifixo que, após a apresentação, foi colocado em lugar de destaque no altar.

Que respondamos a esse amor de Deus por nós e não temamos a cruz. Nossa vida também é feita de momentos de cruz. A cruz maior, o Senhor já carregou por nós. Carreguemos a nossa e sejamos também solidários com os que carregam suas cruzes…. Amor e sofrimento… às vezes os dois andam juntos. Sejamos consequentes com a nossa fé, amemos Jesus e sejamos-Lhe gratos. Amemos e contemplemos a cruz, mistério de amor de Deus por nós. Disse-nos nosso pároco.

Confira AQUI as fotos da Celebração da Paixão do Senhor

Para encerrar esta Santa Sexta-feira, os fiéis, de forma ordenada, puderam assistir o Descendimento da Cruz de Jesus, numa linda encenação em que, tomando todos os cuidados sanitários e usando máscaras, poucos componentes da Pastoral das Artes interpretaram os momentos da condenação e morte de Jesus, guiados pela leitura do Sermão das Sete Palavras (Septem Verba, em latim) proferidas por Jesus na Cruz, que é a denominação convencional das sete últimas frases que Jesus pronunciou durante sua crucificação, antes de morrer.

As leituras foram dirigidas pelo Pe. Vagner e o som pelo Ministério de Música, que entoou lindos cantos apropriados para o momento.

“Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem” (Lc 23,34);

“Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23,43);

“Mulher, eis aí teu filho” (…) “Eis aí tua mãe” (Jo 19,26-27);

“Eli, Eli, lammá sabactáni?” – o que quer dizer: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” (Mt 27,46 e Mc 15,34);

“Tenho sede” (Jo 19,28);

“Tudo está consumado” (Jo 19,30)

“Pai, nas tuas mãos entrego meu espírito” (Lc 23,46)

Confira AQUI as fotos do Descendimento da Cruz

Festa do Batismo do Senhor – 10 de janeiro de 2021

Hoje celebramos a Festa do Batismo do Senhor. Com essa festa, encerramos as solenidades do Natal e, pelo calendário litúrgico, entramos no tempo comum, com o início da vida pública de Jesus.

João Batista disse: eu vos batizei com água, mas Ele vos batizará com o Espírito Santo. Assim, no dia do nosso batizado, recebemos a água – que é a matéria do Sacramento do Batismo – e fomos ungidos com a força do Espírito Santo.

Nosso vigário, Pe. Carlos, em sua homilia, nos convidou a refletir sobre a importância que o batismo deve ter em nossa vida. Como nós assumimos o nosso papel e nossa função de batizados e batizadas em nome de Jesus Cristo.

Na 1a leitura (Is 42,1-4.6-7), Isaías nos fala do servo do Senhor e apresenta uma palavra de consolo e esperança para o povo de Deus. “Eu, o Senhor, te chamei para a justiça e te tomei pela mão; eu te formei e te constituí como o centro de aliança do povo, luz das nações, para abrires os olhos dos cegos, tirares os cativos da prisão, livrares do cárcere os que vivem nas trevas”.

Na 2ª leitura, (At 10, 34-38) ouvimos que Pedro compreendeu que Deus não faz distinção entre as pessoas. Também nós, em nossa missão, como cristãos e cristãs batizados e ungidos com o Espírito Santo, não podemos fazer essa distinção. Todos têm o direito de ser salvos. Em nossa convivência quotidiana, temos que tratar a todos igualmente e nos tornar como luz nas trevas onde acontecem divisão, desunião, brigas, falta de fé e de esperança. Frisou que não são poucas as vezes que encontramos pessoas frustradas, desanimadas, que não acreditam mais que a vida é dom gratuito que Deus nos dá. E acrescentou que, pior ainda, é que muitos cristãos católicos batizados não vivem o batismo.

No Evangelho (Mc 1,7-11) Jesus, depois de ser batizado no rio Jordão, por João Batista, ao sair da água, viu o céu se abrindo, e o Espírito, como pomba, descer sobre ele e do céu veio uma voz: “Tu és o meu Filho amado, em ti ponho meu bem-querer”.

Disse que, como cristãos e cristãs batizados e batizadas, sabemos que somos filhos amados por Deus. Se tivermos essa fé, nenhum de nós pode viver na tristeza, na desesperança, na frustração, porque quando somos ungidos por Deus, nenhum mal, nenhuma força deste mundo pode nos derrubar porque Ele nos acompanha e nos ama de verdade.

Pe. Carlos nos deixou dois recados:

1º – temos que agradecer a Deus porque somos batizados. Isso é um dom que é ofertado para todos, mas nem todos o recebem. Devemos agradecer a Ele, que nos escolheu. Neste momento em que o mundo todo está triste, nós temos a alegria de saber que Deus nos ama.

2° – Nenhum de nós foi batizado para ficar à toa. Em Seu batismo, Jesus “foi ungido por Deus com o Espírito Santo e com poder. Ele andou por toda a parte, fazendo o bem e curando a todos os que estavam dominados pelo demônio; porque Deus estava com Ele”. Temos esta fé ou não?

Se temos essa fé, podemos ter certeza de que, com a nossa presença, muitas pessoas receberão a força e a alegria. Temos que ser luz nas trevas e alegria para os que estão tristes.

O católico batizado não só participa da Santa Missa, tem que se preocupar com o que faz para o próximo, de acordo com o dom que recebeu de Deus gratuitamente.

Somos missionários que têm o dever de iluminar as trevas que estão em nossa casa, em nossa família e na sociedade em que vivemos. Que o Espírito Santo de Deus nos dê essa força para podermos assumir nossa missão.

Saiba mais:

BATISMO:
Matéria – água
Forma – “Eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.”
Graça – Apaga o pecado original – nos torna filhos de Deus – é o nascimento espiritual.

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Celebração da Festa da Epifania do Senhor

A missa das 18h segue a liturgia dominical. Então, neste dia 2 de janeiro, celebramos a Festa da Epifania do Senhor.  Em sua homilia, Pe. Carlos nos instruiu que, liturgicamente, com essa festa, a Igreja encerra o período de Natal e inicia um tempo novo. Pela tradição, a Epifania do Senhor se dá no dia 6 de janeiro, mas no Brasil, normalmente, se comemora no domingo para que o povo possa participar. Epifania significa a manifestação do Senhor.

Na solenidade da epifania do senhor a Igreja faz o anúncio das solenidades móveis, durante o ano. O centro de todo o ano litúrgico é o tríduo pascal, que tem seu ponto mais alto no domingo da Páscoa. Dessa solenidade, derivam todas as demais celebrações do ano litúrgico. Pe. Carlos frisou a importância da participação de todos os católicos nas celebrações nas datas lidas no Anúncio da Páscoa. Disse que o anúncio é, na verdade, uma programação da vida das pessoas de fé e que não devemos marcar outros compromissos nessas datas.

  • Domingo da Páscoa – 4 de abril.
  • Cinzas, início da Quaresma – 17 de fevereiro;
  • Ascensão do Senhor – 16 de maio;
  • Pentecostes – 23 de maio;
  • 1º Domingo do Advento – 28 de novembro

Também nas festas da Santa Mãe de Deus, dos Apóstolos, dos Santos e na Comemoração dos Fiéis Defuntos, a Igreja peregrina sobre a terra proclama a Páscoa do Senhor.

Na festa da sagrada família, os pastores foram visitar o menino Jesus, o Filho de Deus que se fez carne e habitou entre Nós. Essa festa mostrou-nos A humanidade de Jesus que, sendo Deus, se fez carne, como nós. Já a festa de hoje, nos mostra a divindade de Jesus, o Salvador, que veio, não só para os Judeus, povo eleito, mas para todas as nações do mundo inteiro. No início da Santa Missa, recebemos as imagens dos 3 Reis magos, representantes da Europa, Ásia e África. É importante saber que aquele menino pobre, humilde, por eles visitado, é Deus.

Ouvindo e meditando as leituras de hoje, temos alguns pontos importantes: na 1a leitura do livro de Isaías, o nascimento do rei, do messias, em Belém, torna a cidade de Jerusalém como uma luz para todas as nações.

Na segunda leitura, Paulo revela aos Efésios que, por meio do Evangelho, os pagãos são admitidos à mesma herança, são membros do mesmo corpo e associados à mesma promessa em Jesus Cristo, reforçando assim, o mistério de que Deus nasceu não só para os Judeus, mas também para todos os pagãos. Paulo, o apóstolo dos gentios ou dos pagãos, como eleito especial, recebeu a grande graça para compreender esse mistério da salvação de todos.

No evangelho, os reis magos, na busca incessante pelo local onde deveria nascer o menino, foram ao encontro do rei Herodes, e assustaram-no, pois, ainda que sendo judeu, não sabia do nascimento de Jesus. Os sumos sacerdotes e mestres da lei disseram que seria em Belém. Eles sabiam disso intelectualmente, mas não reconheciam Seu nascimento. Nos chama muito a atenção que os magos, que não eram do povo eleito, é que anunciaram aos Judeus que o Messias já havia nascido. Herodes os orienta a voltarem com informações sobre o menino, com intenção não de adorá-Lo, e sim de matá-Lo. Mas, avisados em sonhos, voltaram por outro caminho.

Pe. Carlos fez um paralelo com essa leitura, dizendo que esse, na realidade, é o processo de nossa fé. Os reis magos não voltaram pelo mesmo caminho. O encontro verdadeiro com Jesus traz, sempre, uma mudança em nossa vida. Quem tem um encontro verdadeiro com Ele, não anda pelo mesmo caminho.

Pe. Carlos questionou se realmente encontramos o menino Jesus, se somos luz para o nosso próximo e incentivou-nos a sair além de nossa família, de nossa comunidade, de nosso país, para ir ao encontro dos irmãos que precisam de nossa ajuda.

Peçamos ao menino Jesus que nos ilumine, para que possamos viver como Seus discípulos missionários e levar a luz do Evangelho às pessoas que vivem sem esperança, sem alegria e sem paz.

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Festa do Batismo do Senhor

“Quando o Salvador é lavado, todas as águas ficam puras para o nosso batismo; a fonte é purificada para que a graça batismal seja concedida aos povos que virão depois” – São Máximo de Turim

Imagem: Batismo de Cristo 1481-1483. Por Perugino, na Capela Sistina, no Vaticano

Homilia do pároco:
“Essa festa do batismo do Senhor, que celebramos hoje, encerra o tempo do Natal e revela o que viemos celebrando durante este tempo que é a manifestação do Senhor em nossas vidas.
No dia do Natal o Senhor veio a nós e se encarnou. Ainda antes da Epifania, celebramos que Ele nasceu em uma família humana como as nossas famílias; na Epifania, celebramos que Ele se manifestou a todos os povos, a todas as nações, para iluminar o mundo todo; e agora, na festa do Batismo do Senhor, nós continuamos nos aprofundando no Seu mistério, percebendo a Sua missão.
No Evangelho de hoje, no episódio do Seu batismo, o Pai confirma Jesus na Sua missão de salvador da humanidade. Pelo batismo, Cristo é ungido por Deus, ungido pelo Pai, para anunciar a Sua misericórdia, para fazer presente o seu amor no mundo.
As leituras que escutamos nos ajudam a entender este mistério desde o Antigo Testamento.
Na primeira leitura, ouvimos o profeta Isaías falando de um servo. Este texto é um dos chamados “Os quatro cânticos do servo sofredor” em que um servo, que é uma figura misteriosa, sofre muito, é rejeitada, é humilhada e, no entanto, mantém-se firme no Senhor, na Sua palavra, na sua missão de fidelidade a Ele e por isso, por essa perseverança, por essa fidelidade, a missão do Senhor faz-se salvação para muitos.
O texto diz que este servo foi escolhido por Deus “Eis o meu servo – eu o recebo; eis o meu eleito – nele se compraz minh’alma; pus meu espírito sobre ele, …” e enviado com uma missão “…, te chamei para a justiça e te tomei pela mão; eu te formei e te constituí como o centro de aliança do povo, luz das nações, para abrires os olhos dos cegos, tirar os cativos da prisão, livrar do cárcere os que vivem nas trevas.”
No Evangelho nós vemos como se confirma essa profecia quando, no momento do batismo, Vem do céu uma voz e o Pai diz: “Este é o Meu Filho amado no qual Eu pus o meu agrado”. E o Espírito Santo, em forma de pomba, desce sobre Ele ungindo-O, confirmando que Aquele que estava sendo batizado era o Filho de Deus, que veio para cumprir uma missão que Lhe foi dada por Deus, que Lhe foi dada pelo Pai.
São Pedro, na segunda leitura, no livro dos Atos dos Apóstolos, vai ainda dizer mais sobre esta missão, Jesus, depois que foi ungido com o Espírito Santo e com o poder, andou por toda parte fazendo o bem e curando a todos os que estavam dominados pelo demônio porque Deus estava com ele.
Então o batismo marca o início da missão de Jesus. Jesus, enviado pelo Pai ao mundo, no batismo é confirmado na Sua missão de fazer o bem , de libertar os que estavam presos por diversos tipos de opressão e os salvar. E é bonita essa frase de São Pedro: “passou fazendo o bem”.
É impressionante, mas uma das coisas que mais nos chama a atenção nesta missão de Jesus é o modo como Ele a cumpre. Jesus não a impõe sobre nós, porque Deus nunca nos impõe a Sua vontade, Jesus sempre a propõe e deixa que nós, com a nossa liberdade, a aceitemos ou não. Sabemos que aceitar a vontade de Deus, aceitar o Seu plano de amor para nós, para nossas vidas, é o caminho para nossa felicidade. Mas Deus não nos impõe essa felicidade, Deus não nos impõe o bem. Deus nos oferece e nos propõe.

Isso até aparece no cântico do servo, ele não se impõe com prepotência, não levanta a voz que clama pelas ruas, é um servo humilde. Isso fica patente, de maneira até mesmo escandalosa, no Evangelho, quando Jesus vai até João para ser batizado por ele. Essa atitude era algo escandaloso num primeiro momento para os cristãos que liam aquele texto e não entendiam. O batismo de João era muito diferente do nosso batismo. O batismo que nós recebemos hoje, é um batismo de Jesus. Nós somos batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, cumprindo o mandato do próprio Jesus que, no finalzinho do Evangelho de Mateus, diz aos discípulos “Ide pelo mundo, fazei filhos meus todos os povos batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Esse batismo que nós recebemos nos dá a graça sacramental. Não é simplesmente um símbolo. Não é simplesmente um gesto que expressa algo. Ele é em si gesto e graça. Por isso batizamos as crianças. Porque acreditamos que o sacramento nos dá a Graça de Deus. Ali recebemos já o Espírito Santo de Deus e a graça para atuar em nome de Cristo Jesus.
O batismo de João era diferente. Era um símbolo apenas e era como uma confissão de pecados. A palavra batismo significa em grego imersão ou banho. Então, aqueles que iam até João Batista no deserto, à beira do Rio Jordão, e se deixavam batizar por ele, iam reconhecer os seus pecados em um gesto de humildade e até mesmo de humilhação. Era como se chegasse para João Batista e dissesse “Olha, eu estou aqui para reconhecer que eu sou pecador. Eu estou sujo. Lava-me dos meus pecados”.
Então, o batismo de João era um batismo de conversão. Não parece estranho como é que Jesus se põe na fila dos pecadores? Ele, que não precisava de conversão, vai junto aos que precisavam, aos que confessam os pecados, aos que pedem perdão. É a humildade de nosso Deus. Que vem a nós, se põe ao nosso lado, se põe ao lado dos pecadores, não para se comprazer dos nosso pecados mas, pelo contrário, nos resgatar deles, para nos tirar dos nosso pecados, para nos libertar da nossa vida de pecados. Vem a nós e se coloca ao nosso lado.
E aí começa a Sua missão. A partir do batismo, Jesus sai anunciando o Evangelho, anunciando o amor de Deus, curando, pregando, expulsando demônios, perdoando pecados. Começa a Sua vida pública e seu ministério.
E nós hoje? Nós, que celebramos esta festa, devemos pensar que, pelo batismo, participamos também da missão de Cristo. Quando nossos pais e padrinhos nos trouxeram à Igreja, fizeram por nós as promessas batismais e se comprometeram a nos educar na fé, fizeram por nós a promessa, o compromisso, de viver a missão de Cristo. E agora, como batizados, somos chamados a cumprir esta mesma missão de Cristo, que é passar a vida fazendo o bem, anunciando o amor de Deus com a nossa vida e viver a palavra de Deus, viver o Evangelho, viver em qualquer lugar segundo os valores do Evangelho. Esse é o nosso compromisso. Nós que somos batizados, não podemos viver como aqueles que não o são, não podemos viver de qualquer forma, não podemos viver como todo mundo vive. Nós participamos da missão de Jesus. Assim como Ele, nós recebemos o Seu munus (tarefa), a Sua autoridade, para atuar em Seu nome, sendo sinal da presença de Deus no nosso mundo. Será que nós estamos fazendo isso? Será que nós, cristãos batizados, cumprimos o nosso compromisso batismal? Será que nossa vida é diferente daqueles que não são batizados? Será que nós, pelo menos, nos esforçamos para ser diferentes? para dar testemunho do amor de Deus com a nossa vida familiar, com a nossa vida laboral, com a nossa vida em qualquer lugar e ocasião? Será que nós estamos cumprindo as nossas promessas batismais? Nós temos já a graça sacramental, que nos fortalece para cumprir esta missão. Peçamos então ao Senhor que nos ajude a ser fiéis às promessas batismais. Hoje é um dia para recordarmos o nosso Batismo. Por isso, agora renovemos nosso compromisso, aquelas promessas que um dia os nossos pais e padrinhos fizeram por nós.”

“Tu és o meu Filho bem-amado; em ti ponho minha afeição”. Lc 3, 22b

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Solenidade da Epifania do Senhor – O Salvador vem para todos

A Igreja celebra hoje a Epifania do Senhor. Epifania é um termo grego que significa “manifestação”. É a manifestação do senhor a todos os povos. Ao iniciar a celebração eucarística, Pe. Vagner fez a leitura do anúncio do dia da Páscoa que, por ser uma festa móvel, acontece a cada ano em um dia diferente.

Anúncio das solenidades móveis de 2020:

A glória do Senhor manifestou-se e sempre há de se manifestar no meio de nós até a sua vinda no fim dos tempos. Nos ritmos e nas vicissitudes do tempo, recordamos e vivemos os mistérios da salvação. O centro do ano litúrgico é o Tríduo Pascal, que culminará no domingo da Páscoa, este ano a 12 de abril. Dessa celebração derivam todas as outras: as Cinzas, a 26 de fevereiro; Ascensão a 24 de maio; Pentecostes, a 31 de maio; 1º domingo do Advento, a 29 de novembro. Também nas festas da mãe de Deus, dos apóstolos, dos santos e na comemoração dos falecidos, a Igreja peregrina sobre a terra proclama a Páscoa do Senhor. A Cristo que era, que é e que há de vir, Senhor do tempo e da história, louvor e glória pelos séculos amém.

Nos disse nosso Pároco que os cristãos orientais celebram a festa de hoje com mais solenidade do que o Natal porque é o dia em que o senhor se manifestou como Salvador a todos os povos, cumprindo a promessa que escutamos na primeira leitura.

Enfatizou que a salvação que Deus nos oferece em Jesus Cristo tem um caráter universal. Os judeus pensavam que o Messias seria o salvador do Povo judeu. Um Messias exclusivo daquele povo, mas o Profeta nos diz que não. Não é apenas ao povo escolhido, ao Israel da Primeira Aliança, que o Filho de Deus é enviado, mas a todos nós. o Messias virá para todos os povos, para todas as nações, ninguém está excluído.

A primeira leitura (Is 60,1-6) anuncia a chegada da luz gloriosa e salvadora do Senhor, que iluminará Jerusalém e para lá guiará os povos de toda a terra.

No Evangelho (Mt 2,1-12), vemos cumprido este anúncio do Profeta. Representando todos os povos, os três reis magos do Oriente, que não eram judeus e nem sequer adoravam o Deus de Israel, saindo da acomodação de suas casas e guiados pelo brilho de uma estrela, procuraram o rei dos judeus que acabara de nascer e, ao encontrá-lo, o adoraram e reconheceram nele a “salvação de Deus” para que se cumprisse a profecia de que a salvação é oferecida por Deus não somente aos Judeus, mas a todos os povos.

A segunda leitura (Ef 3,2-3a.5-6) apresenta o plano de salvação de Deus para toda a humanidade, admitindo judeus e pagãos como membros do mesmo corpo, partícipes da mesma promessa em Jesus Cristo.

Celebrar essa universalidade da fé é motivo de muita alegria para nós porque sabemos que também somos destinatários da salvação. A mensagem de Jesus é para todos nós!

“Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo.” (Mt 2,2b)

“Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele, e o adoraram.” (Mt 2,11a)

As nações de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!

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