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Segunda missa mensal do Ano Jubilar – 2 de junho de 2021 – Solenidade em honra ao Corpo do Senhor – “Corpus Christi”

Neste dia 2 de junho, às 19h, celebramos a segunda missa do Ano Jubilar de nossa Paróquia e com muita alegria recebemos Dom Marcony Vinícius Ferreira, nosso bispo auxiliar, que presidiu a celebração.

Saudando nossos sacerdotes, Pe. Vagner e Pe. Carlos e a todos os presentes, Dom Marcony, em sua homilia, ao falar do surgimento da festa de Corpus Christi, no século XII, disse que, de fato, o dia da Eucaristia é a quinta-feira santa, quando Jesus celebrou a primeira das inúmeras missas que a igreja celebra até hoje e nunca mais deixou de celebrar porque ouviu o mandato de seu fundador: “Fazei isso em memória de mim”. Explicou que na Quinta-feira Santa, devido ao clima de tristeza próprio desse tempo litúrgico, a igreja não tinha um espaço para manifestar a alegria da presença real de Jesus na Eucaristia e relembrou como Santa Juliana de Liège, na França, em 1209, passou a ter visões que solicitavam à Igreja uma festa em honra do Santíssimo Sacramento e como essa festa passou a ser celebrada no mundo inteiro. Disse ainda que mais tarde, São Tomás de Aquino e São Boaventura, a pedido do Papa Urbano IV, prepararam os textos para a missa e para o breviário.

Essa solenidade foi oficializada em 1264 pelo Papa Urbano IV.

Explanando sobre a liturgia do dia, falou sobre a páscoa dos judeus e enfatizou que todo o sentido do sacrifício judaico é trazido para nós no Novo Testamento… é o sangue de Cristo que nos purifica.

Reforçou que nada pode se igualar a uma missa. É o sacrifício do Senhor que salva. É na cruz que o corpo de Cristo será dado e Seu sangue derramado, assim a ceia é um sacrifício antecipado…. Jesus é o alimento da vida eterna.

Agradeceu à comunidade e aos padres verbitas que passaram por nossa paróquia e que, nesses 60 anos de existência, nunca nos deixaram sem a eucaristia. 60 anos celebrando a presença de Cristo vivo no altar do sacrifício. Parabenizou e exortou-nos a nunca nos afastarmos de Jesus, que é a nossa vida, a nossa eucaristia e que testemunhemos, lá fora, com a nossa postura de vida, o que ouvimos, nos alimentamos e cremos dentro da igreja.

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Professar nossa fé com a boca e com a vida.

D. Marcony explica o que é a fé e quais são os símbolos de fé contidos no Credo.

Professar a fé é crer no que não se vê. E não é porque somos pessoas mais simples ou sem muito estudo que não podemos ter fé. Mas, atenção, o conhecimento gera também a fé.
E o que é a fé? “É jogar-se em Deus com confiança, sem objeções, como uma mãe se entrega a um filho problemático e acredita que tem jeito”, define D. Marcony Vinícius Ferreira, bispo auxiliar da Arquidiocese de Brasília.Dom Marcony

As pessoas são chamadas à fé por meio dos símbolos da fé, expostos na oração do Credo, criada pelos apóstolos. Para compreendermos melhor é preciso atentar primeiro para o mistério da Santíssima Trindade, como explica D. Marcony: “Deus existia antes de tudo e amando-se a si mesmo, porque não havia mais ninguém, ele projetou o Verbo (segunda pessoa) e, como reflexo dessas duas pessoas, projeta-se a terceira, que é o Espírito Santo. Este é o pensamento de Santo Agostinho. Complexo! Por isso, Deus lhe disse que isso era mistério e ele nunca compreenderia toda a profundidade da Trindade.”

Entenda-se, por enquanto, que o Pai criou, o Filho salvou e o Espírito santificou. O problema é que o pecado quebrou a ordem estabelecida por Deus no começo da criação e o Verbo teve de se encarnar para fazer com que o homem, que havia se afastado de Deus, se lembrasse de sua imagem e semelhança com o Pai.

“Assim não devemos acreditar em falsas doutrinas, sedutoras e mentirosas. Só há um Deus verdadeiro e Ele é uma pessoa em três”, reforça o bispo. Aí vem a pergunta, mas todos são um só Deus, como Deus pode morrer, como Jesus? “Ora, Jesus é o Senhor porque se entregou totalmente. Ele se encarnou no seio da Virgem Maria por obra do Espírito Santo, que é quem nos dá a vida e nos floresce a obra de Deus em nós”, esclarece o bispo. Em seus três anos de vida pública, Jesus ensinou tudo a seus discípulos com a própria vida. Ele não nos exige nada que Ele mesmo já não tenha feito.Dom Marcony

E a hora de sua paixão e morte é o centro da nossa fé. Na ceia, Jesus se humilhou, lavando os pés dos apóstolos e mostrou sua humanidade ao afirmar que sua alma estava conturbada e também sentia medo da morte. Ele foi preso, flagelado, carregou nossas dores e se desfigurou com as chagas. Depois de vencer todas essas tentações, ele se entregou na cruz.

Três dias depois, marcadamente citados no Credo, Jesus ressuscitou, porque foi fiel a Deus até o fim. “A ressureição é o ato mais sublime da nossa fé. Quando ressuscitamos vamos também com a carne e depois vem a vida eterna. Mas é um corpo transcendente, não viramos fantasmas, nem temos que nos preocupar se vamos ressuscitar velhos, jovens ou criança. Não estaremos mais presos à aparência ou às necessidades corporais. Não é essa mesma carne nossa de agora, por isso a Igreja permite a cremação. A ressureição é a capacidade da nossa humanidade se encontrar com Deus novamente”, detalhou D. Marcony.

E o Espírito Santo? Ah, Ele é Deus e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado! Ele não é menor dentro da Santíssima Trindade, é um só com Deus também.
No Pentecostes, Jesus, após ter terminado sua missão, nos envia o Espírito Santo e até hoje vivemos o tempo do Espírito que nos convence sobre quem são os apóstolos, quem é Jesus e nos dá discernimento para sabermos o que é melhor em nossa fé.

“Conhecemos o Espírito Santo crendo na Igreja una, santa, católica e apostólica. Católica quer dizer universal, onde todos são chamados a morar com o Pai. E é a mãe Igreja que nos prepara para gozarmos das moradas do céu. Por isso, o que proclamamos na Missa não pode ser só da boca pra fora, tem que estar no coração e ser vivenciado lá fora. Temos que ter convicção da nossa fé. Naquilo que não compreendemos, peçamos ajuda para não vacilar. Não troquemos Deus por nada. Que o Credo seja uma oração de convicção rezada todo dia para aumentar a fé naquilo que estamos falando. SEJAMOS COMO MARIA: ACREDITAR PRIMEIRO, GERAR DEPOIS E DAR JESUS AOS IRMÃOS”, concluiu o bispo.

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Dom Marcony na semana das famílias

“Para o mundo, a família é uma instituição falida: casa-se sem querer ter filhos e sem consciência da indissolubilidade do matrimônio. O mundo vê a família com egoísmo. Cada um a quer a seu modo, gerando dor, divisão e tristeza”. Com esse choque de realidade Dom Marcony marcou cada ponto de fragilidade nas famílias de hoje e ensinou como é possível mudar isso.

O bispo explicou que Deus pensou a família como unidade de amor. Ela é uma entrega pelo outro, sem sentimentalismos vagos e carências de atenção. E o amor, segundo ele, começa na fonte, que é Deus. O amor de Deus é dar e não sugar, é dar o primeiro passo e não apenas cobrar. A vocação da família é o amor e ele deve ser vivido na doação da vida pelo outro, no sacrifício que faço por ele: “Família deve ser imagem de Deus. É Ele quem abençoa e torna fecunda a família”.Dom Marcony

Algumas ameaças rondam as famílias, como o espírito da discórdia e da infidelidade. Tentações sempre vão aparecer, mas é preciso ter paciência e saber perdoar. “O casamento se faz primeiramente com Deus. Quando não sou fiel à minha esposa ou a meu marido, não estou sendo fiel a Deus há muito tempo”, esclareceu Dom Marcony.

Também são ameaças o pensamento dos jovens de que a família é apenas uma possibilidade e não uma certeza, a falta de conhecimento sobre o ser do outro com quem se namora (perdemos ao não sermos verdadeiros, abrindo nosso coração àquele/àquela que queremos como esposo/esposa) e a incapacidade da entrega (sendo capaz de manter uma relação sexual, mas incapaz de mostrar minha alma).

Para modificar nossa realidade, o bispo explicou que é preciso assumir nossos limites e pedir a força de Deus para que nós possamos mudar. Afinal, ninguém é obrigado a aguentar ninguém! Muitas vezes podemos mudar, mas não queremos porque achamos que estaremos perdendo algo de nossas vidas. Lembremos, então, do que Jesus ensinou: “quem perde a sua vida por causa de mim vai salvá-la” (Mc 8,35). Por exemplo, ter ciúme não é amar, mas querer possuir o outro. “Quem vigia não tem confiança. É preciso confiar muito vendo e muito mais não vendo. Quando existe confiança não existe mentira”, afirmou o bispo.

As famílias perderam a noção do sagrado. Antigamente, os pais ensinavam que se devia tirar o chapéu para rezar, que não se devia discutir à mesa, que era necessário fazer silêncio na Igreja porque era a casa de Deus. A roupa de missa era a mais nova e bonita. Hoje em dia, as pessoas vão à missa ‘sem roupa’!

“Desfez-se o sagrado, a casa ficou dividida, cada um em seu canto. Homem e mulher trazem em si o egoísmo, a busca pelo prazer próprio e o fechamento ao outro. Dessa forma não se ama, mas usa-se o outro”, disse ele. E enfatizou ainda que ter liberdade não é fazer o que queremos, matrimônio não é festa, é cruz, parte da cruz de Cristo, como afirma Paulo na carta aos Efésios (5,25) “Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela”. Portanto, “amar é dar a vida”.

Homem e mulher se complementam. Por isso, Paulo diz que o amor não passará. Ele é eterno, infinito. Não se deve usar o outro da mesma forma que se consome um bagaço de laranja e depois joga fora. O casal e a família devem crescer no amor a Deus e no amor de um para com o outro. “Uma só carne não é só no leito nupcial, mas uma só alma, um só pensamento, um só agir, sempre com o outro, numa consciência de unidade, carinho, atenção, escuta, sofrimento e dor. A experiência do amor faz os dois crescerem juntos”, disse Dom Marcony.

Casamento é perda, é cruz, é abrir mão da vida de solteiro para tornar o outro feliz. A mentalidade de hoje é a de se evitar o sofrimento, passamos a educar os filhos para uma vida de acomodação. Esquece-se de ensinar o sofrimento. Por isso tem tanta gente se suicidando ao se confrontar com o primeiro obstáculo que encontra na vida. “Crescemos e amadurecemos exatamente nos momentos de dor e sofrimento”, frisou o bispo.

Dom MarconyDom Marcony também explicou que os pais devem ensinar o respeito à sua autoridade, porque eles têm a graça, o dom de abençoar, já que receberam o sacramento do matrimônio. Ao mesmo tempo, os pais precisam ajudar os filhos nas escolhas entre o que é descartável e passageiro e o que é necessário para a vida e a vocação profissional deles.

Em suma, é preciso ouvir Deus na relação familiar, falar com Ele e ver como Deus vê, abrindo mão de tudo pela família, sendo sincero e abrindo o coração ao esposo, à esposa e aos filhos. “A família deve ter Deus por princípio, deve ser a habitação de Deus. Não troquem a família de vocês por nada nesse mundo. Não vale a pena. É ali que você é amado como é. Amém e deem a vida pela família de vocês!”, encerrou o bispo.

 

 

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Dom Marcony explica que, para seguir a moral cristã, é preciso imitar Jesus.

Formação com Dom Marcony

A partir da leitura de Colossenses, 3, 1-10, D. Marcony Vinícius Ferreira explicou que ética é uma conduta, um modo de agir por princípios, respeitando o outro como ser humano. “Já a moral é o nosso jeito de ser, o reconhecimento de que o outro é digno de respeito. Daí vem a ideia dos Direitos Humanos, em que por mais errada que a pessoa esteja, ela ainda é um ser humano e merece ser tratada como tal. A frase ‘esse aí não tem mais jeito’ não deve ser usada pelos cristãos”, salienta o bispo.

Entender a moral cristã é ainda mais profundo, pois ela é a imitação das atitudes de Cristo. Disse o bispo: “Paulo, em Filipenses 2,5, diz que devemos ter os mesmos sentimentos de Jesus e Pe. Zezinho simplifica esse ensinamento na canção: ‘amar como Jesus amor, sonhar o que Jesus sonhou!”.

Para aprender a colocar todos esses conceitos em prática, D. Marcony destacou três aspectos que o cristão deve observar em seus atos: o objeto do ato deve ser bom, “não se pode aproveitar de dinheiro roubado, por exemplo”; a intenção deve ser reta, “é do coração que brotam todas as intenções”; por fim, não se deixar levar pelas circunstâncias adversas, “hoje se mata por causa de uma briga de trânsito, é preciso ter calma”, acrescentou o bispo.Formação com Dom Marcony

E como crescer na moral cristã? Conhecendo mais Jesus por meio da Palavra, o Evangelho. Ele nos ensina que o outro é um ser humano e, mais que isso, é meu irmão e devo amá-lo e rezar por ele ainda que ele me tenha-me feito algum mal. D. Marcony esclareceu: “A moral cristã exige que não nos contentemos com o que é mediano. Jesus nos ensinou a dar a outra face, o manto todo. Temos que ultrapassar o bem nas atitudes e perdoar todas as pessoas como Jesus perdoou”.

Para imitar o Cristo, é preciso ouvir o Espírito Santo. É o aspecto da espiritualidade em que o cristão deve mergulhar. “Deus nos fala em nossa consciência, ali o Espírito trabalha para não cairmos no erro e para alimentar nossas virtudes”, explicou o bispo. E o Espírito Santo inspira, em cada um, um carisma, que é uma face de Jesus a ser mostrada ao mundo, como os verbitas que pregam um Cristo missionário, e os franciscanos e vicentinos, com um Jesus pobre.

Porém, D. Marcony advertiu: “É facil ser cristão dentro da Igreja, mas lá fora nem sempre agimos como Jesus mandou, temos atitudes incoerentes com o que aprendemos d’Ele. Quando conhecemos Jesus verdadeiramente, Ele nos domina, é Cristo que vive em nós”. É possível, então, melhorar nossa conduta dentro da moral cristã por meio do estudo da Palavra, da Eucaristia e da vivência das virtudes.

Primeiramente, as virtudes teologais: fé, esperança e caridade. Fé para não sermos apenas católicos de conveniência, mas para aprendermos a nos jogar em Deus; esperança para nos suscitar paciência, afinal, depois da tempestade sempre vem a bonança; e a caridade, que é o amor transformado em atitudes concretas.

Depois, o bispo explicou outras virtudes importantes: prudência para não agirmos no ímpeto do momento; justiça, que é dar o que é reto ao outro e a Deus, em especial, tendo tempo para rezar e ir à missa; temperança, estabelecendo limites e sendo equilibrado no falar, no comer, no beber; e fortaleza, porque somos fracos e devemos nos apoiar na oração.

Por fim, para deixar um passo a passo a ser seguido pelos fiéis na busca pelas coisas do alto, D. Marcony elencou quatro pontos de crescimento na espiritualidade: estado de graça como hábito, não devemos nos acostumar a viver no pecado, temos que buscar a confissão; vida de oração, invocando Deus em nosso íntimo onde que que estejamos e saber agradecer pelo que Ele nos dá; vida sacramental, pois os sacramentos são meios que a Igreja nos oferece para vivermos a espiritualidade; e vivência da caridade, uma vida de doação. “Nossa conduta é que mostra nossa ética, moral e espiritualidade. Com Deus somos capazes até do impossível. Por isso, lembremos sempre que somos o maior milagre de Deus, porque mesmo com tantos erros, Ele sempre nos dá mais uma chance”.

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Missa e Formação com Dom Marcony – 2 de junho de 2017

No próximo dia 2 de junho, a Paróquia do Verbo Divino terá a honra de receber Dom Marcony, Bispo Auxiliar de Brasília, para celebrar a santa missa das 19h e em seguida  ministrar formação sobre o tema:

Espiritualidade, Moral e Ética Cristã 

A palestra acontecerá na nave da igreja e o Conselho Pastoral Paroquial – CPP convida as Pastorais, Ministérios, Movimentos e Serviços, bem como toda a comunidade, para participar desse evento.

“Peço, na minha oração, que a vossa caridade se enriqueça cada vez mais de compreensão e critério, com que possais discernir o que é mais perfeito e vos torneis puros e irrepreensíveis para o dia de Cristo, cheios de frutos da justiça, que provêm de Jesus Cristo, para a glória e louvor de Deus.” (Fp 1,9-11)

 

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